Pouco mais da 1h da manhã. É já dia 17.
O telefone toca. Prenúncio de uma notícia já esperada.
Fecho o livro. Aguardo. De qualquer maneira, adivinho o motivo de tal telefonema, a hora tão tardia.
E então a reacção. O silêncio que sucedeu o "Está?" termina com um "Ai pá..." que nada tem de filosófico, e que confirma aquilo que já sabia.
A notícia. O livro pousado na mesa. A luz apagada. O correr para a cama.
No dia seguinte, o arranjar tudo à pressa e voltar para Lisboa. Mais tarde haverá tempo para vir buscar o resto. A noite passou tão devagar. Nunca mais era manhã. E o sono que teimou em desaparecer para dar lugar a um vazio tão grande...
A falta que vais fazer... A falta que fazes. As perguntas que nunca mais serão feitas. Aquele "Hoje é Sábado. Último dia da semana. A boa acção está feita?" que já fazia parte de practicamente todas as semanas. As queixas por um cabelo comprido de mais ou umas calças no lugar de uma saia("Que "rapazinho" é este?").
E é claro. A lembrança de tudo o que passou. A lembrança de tudo o que queríamos ter feito e não fizémos. O "queria ter estado uma última vez". As promessas feitas e não cumpridas ("E eu não cheguei a cortar o cabelo para te mostrar, como tinhas pedido"). A eterna culpa por não termos dito tudo o que queríamos só porque não tínhamos assim tanto àvontade. O "Tenho que lhe dizer, porque qualquer dia é tarde demais" que se tornou realmente "tarde demais". O que ficou por dizer. "Gosto muito de ti"!
Mas a hora veio, e ela veio ter contigo. Já a esperavas, eu sei. Estás com ela, feliz de novo.
Nunca quiseste dar trabalho. Nunca deste. Talvez pensasses que não, mas fazes falta. As piadas, os risos, até os "ralhetes".
E às vezes a noite ainda custa a passar. Quando se pensa no próximo fim de semana que virá sem as perguntas, os comentários, as piadas. O vazio volta, e só se pode acreditar que estás ali, com ela, que os dois cuidam de nós, nos limpam as lágrimas e nos fazem continuar em frente.
Abre-se o livro. É tempo de seguir em frente.
Fica onde estás. Fica connosco. No nosso coração.
Talvez nunca tivesses imaginado tal, mas fazes falta.
E eu gosto muito de ti!
O telefone toca. Prenúncio de uma notícia já esperada.
Fecho o livro. Aguardo. De qualquer maneira, adivinho o motivo de tal telefonema, a hora tão tardia.
E então a reacção. O silêncio que sucedeu o "Está?" termina com um "Ai pá..." que nada tem de filosófico, e que confirma aquilo que já sabia.
A notícia. O livro pousado na mesa. A luz apagada. O correr para a cama.
No dia seguinte, o arranjar tudo à pressa e voltar para Lisboa. Mais tarde haverá tempo para vir buscar o resto. A noite passou tão devagar. Nunca mais era manhã. E o sono que teimou em desaparecer para dar lugar a um vazio tão grande...
A falta que vais fazer... A falta que fazes. As perguntas que nunca mais serão feitas. Aquele "Hoje é Sábado. Último dia da semana. A boa acção está feita?" que já fazia parte de practicamente todas as semanas. As queixas por um cabelo comprido de mais ou umas calças no lugar de uma saia("Que "rapazinho" é este?").
E é claro. A lembrança de tudo o que passou. A lembrança de tudo o que queríamos ter feito e não fizémos. O "queria ter estado uma última vez". As promessas feitas e não cumpridas ("E eu não cheguei a cortar o cabelo para te mostrar, como tinhas pedido"). A eterna culpa por não termos dito tudo o que queríamos só porque não tínhamos assim tanto àvontade. O "Tenho que lhe dizer, porque qualquer dia é tarde demais" que se tornou realmente "tarde demais". O que ficou por dizer. "Gosto muito de ti"!
Mas a hora veio, e ela veio ter contigo. Já a esperavas, eu sei. Estás com ela, feliz de novo.
Nunca quiseste dar trabalho. Nunca deste. Talvez pensasses que não, mas fazes falta. As piadas, os risos, até os "ralhetes".
E às vezes a noite ainda custa a passar. Quando se pensa no próximo fim de semana que virá sem as perguntas, os comentários, as piadas. O vazio volta, e só se pode acreditar que estás ali, com ela, que os dois cuidam de nós, nos limpam as lágrimas e nos fazem continuar em frente.
Abre-se o livro. É tempo de seguir em frente.
Fica onde estás. Fica connosco. No nosso coração.
Talvez nunca tivesses imaginado tal, mas fazes falta.
E eu gosto muito de ti!
4 comentários:
Lembras-te do que disseste em relaçao ao meu PPV? Estamos quites :)
Beijo
Quase me tiraste o folego...
*'s
De acelerar o coração o suficiente para escrever este comentário!
*
***
a falta que faz a todos, sem mesmo saber. Mas ele sempre soube, de que gostamos dele.
Há sentimentos que não são necessários ser ditas, que se sabe, inconscientemente. Mas para nós sim, faz falta dizer...
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